XV
Um sorriso num olhar que pintava o ar de azul, entrou e invadiu-me o peito com calor, um calor que já tinha sentido, talvez numa manhã enquanto acordava com o sol a bater-me na cara, a aquecer-me o corpo e olhava para o meu lado e via aquele olhar adormecido, mas com o sorriso nos lábios...
ela dirigiu-se a mim e beijou-me na cara! Na cara, pensei para comigo, então e a sensação que acabara de ter? Não seria ela a minha esposa ou namorada? Ela leu nos meus olhos a indecisão que percorria o meu cérebro.
- Não te lembras de mim? (Perguntou ela com um tom de voz quase que sussurrado...)
– Lembro-me da tua cara, mas não sei quem és! (Desabafei eu, na tentativa que ela me esclarecesse a sensação daquele olhar.)
– O meu nome é Beatriz... não te diz nada?
O nome dela ecoou na minha cabeça, imaginei-me logo a abrir desesperadamente as gavetas do meu sonho, Beatriz, Beatriz... sim lembrei-me, talvez estivesse na pasta dos sentimentos... e lá estava ela, o seu sorriso que me aquecia o coração, o seu olhar penetrante que me iluminava o dia como uma manha de sol, mas a pasta estava vazia, sabia que sentia algo de muito forte, mas seria amor, e se fosse que tipo de amor seria?!
– Sim não me é estranho, mas não tenho bem a certeza de onde te conheço...
Ela sentou-se na minha cama, sempre a sorrir e disse:
- Vou contar-te a nossa história!
Encontrei-te numa linha que liga meio mundo, se não ligar mesmo o mundo inteiro. A tua voz cruzou o meu ouvido no meio do som agudo que chamava já não sei por quem do outro lado. Pensei que fosse uma máquina daquelas em que se grava a nossa voz, mas senti o coração a aquecer e transbordar sangue. Dizias indignado que não podia ser assim, que o mundo não rodava a nossa volta, mas nós a volta do mundo… e eu respondi-te um: olá, o mundo não para de rodar hoje… Senti-te a rir baixinho, pediste desculpa e eu retribui-as, número errado… mas não cortas-te a linha e eu do meu lado agarrava-a com ainda mais força, puxava-a para mim e senti resistência do outro lado, também a puxavas. Naveguei pela linha até ao ponto médio e toquei-te, tocaste-te, vibrei e tu vibraste.
Começamos a falar sobre coisas banais, coincidências, destino, enfim de como a vida é feita de encontros inesperados, mesmo numa linha, num ponto médio. Falamos uma boa meia hora, os últimos 5 minutos tinham sido teus, e eu sentia o teu calor, o teu olhar doce, a tua boca suave. Trocamos números de telefone e só ai nos demos conta de que não nos tínhamos apresentado, eu não sabia o teu nome, nem tu o meu…
De repente abri a gaveta onde tinha armazenado a nossa história…
- Sim já me lembro, e então ai começamos de novo a nossa conversa… Olá, eu chamo-me Beatriz! Olá e eu Gustavo!
E foi assim, de repente lembrei-me de uma dado tão importante, que ainda não me tinha dado conta, o meu nome! Abracei-te, tinhas acabado de me devolver a minha identidade, mas ainda haviam falhas… Quis perguntar-te imensa coisa, contar-te os meus estranhos sonhos, mas não consegui abrir a boca, devia estar muito nervoso, e voltaram a injectar-me o liquido cor de rosa…
- Vou para as nuvens, volto já, não vás embora!
- Agora sei onde estás, não te deixo fugir!
5 Comments:
que naice!!ja sabemos o nome do crominho!!
ahah
gustava!!
ahah
que naice!!!!!!
mt bom o texto!sim senhora
(as mulheres tao a dominar isto, pra nao variar, ehehe)
As Anas vão dominar o MUNDO!! MUAAAHAHAHAHA
Então os homens do blog? fugiram ou não andam inspirados? Falta-vos as vossas musas ou q? Vá lá!!
Agora q comecei voces desapareceram??
Quimm, o nome n é queque, é voonito!!!
eu só falo por mim, mas perante redacções de tal calibre, vou ver se cresço e depois apareço pa fazer qualquer coisa...
isto tá fantástico
mt bom msm...
é pá.. lindu.. msm..
(sem palavras.. :| )
parabéns!
eu gostava de conseguir continuar isto dignamente...
mindblock...
pá...vocês tão a ir lindamente...melhor que muito bem...
acho que ninguém sente a minha falta ;D
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