quarta-feira, maio 04, 2005

I

Senti os pés frios da areia húmida. Já me havia esquecido de como era fina aquela areia. Como era manchada por beatas de cigarro e galhos de embarcações.
O sol punha-se, escondido atrás do místico ilhéu que eu mesmo já havia pisado. Na verdade este era apenas a 15 minutos a nado da costa, mas por alguma razão pouca gente lá ia. O pedaço rochoso pertencia aos filhos do ar.
-“Estava com saudades de ti, Pai.” – Disse fitando o mar, caminhando sobre as ondas.
Pisei a rebentação. Enfim o filho pródigo havia regressado a casa.
-“AJUDA!” – Suou estridentemente pela praia...